domingo, 3 de abril de 2011

Outono

Se prestarmos mais atenção aos detalhes da natureza, perceberemos que cada estação do ano traz mensagens e convites específicos. No entanto, muitas vezes não conseguimos enxergar esses sinais porque insistimos em achar que não somos parte integrante do meio ambiente. Cada estação do ano nos convida a novas posturas e nos oferece uma série de aprendizados para a vida. O outono, é uma época especialmente recheada de significados que podem enriquecer nossas percepções. Esse período chega logo após o verão, aquela estação de tempo quente, aberto, de plena luz e em que nossos movimentos tendem para o mundo externo. Não é à toa que para chegar a uma estação intermediária precisamos das "águas de março", uma chuvinha persistente que vai resfriando o tempo aos poucos.
O outono é uma época de transição entre os extremos de temperatura verão-inverno. Qual é a principal imagem que lhe vem à mente quando pensa em outono? É bastante provável que a maioria das pessoas responda a essa pergunta lembrando da clássica imagem das árvores perdendo suas folhas. Mas você sabe por que acontece essa perda? Se as árvores não as deixassem ir, não sobreviveriam à próxima estação. As folhas se queimariam com o frio do inverno e, assim, os ciclos de respiração da árvore se findariam bruscamente, o que resultaria no fim da vida. A natureza nos mostra mais uma vez a beleza de sua sabedoria: é preciso entrega, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante.
O que a princípio pode parecer uma perda é na verdade um ganho: ela ganha mais tempo de vida, e chega renovada às próximas estações.
O outono é também estação de amadurecimento dos frutos. É o tempo de deixar ir inclusive os resultados de nossos esforços, para que novas forças possam gestar outros futuros projetos.

No outono, é importante questionar se o medo e a dúvida estão impedindo seus ideais maiores de serem realizados. Reflita se alguns comportamentos repetitivos lhe afastam do seu real potencial criativo. Talvez seja chegado o momento de tomar consciência e assumir uma atitude de compromisso consigo, desapegando-se daquilo que não lhe serve mais, daquilo que esteja impedindo seus passos rumo às próximas estações de seu crescimento.
Não é simples, nem fácil, mas também não é impossível. Como tudo na natureza, nossos processos de mudança carecem de tempo para se instalarem. Tempo para ir amadurecendo, até que seja o momento da colheita. Passo a passo, reflita sobre os pesos desnecessários que podem estar atrasando seu caminhar, vá se desapegando e deixando ir.
Lembro agora as palavras de Tom Jobim: "São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração". Mesmo que as águas pareçam dar fim ao melhor da festa do verão, na verdade, elas estão nos mostrando que a vida segue e novas estações virão! Acredite: observando a natureza podemos concluir que depois da noite sempre vem o dia. Acredite que vale a pena se libertar para deixar nascer um novo tempo.








sábado, 2 de abril de 2011

Acho que todo mundo já assistiu o  filme Closer - perto demais, e pra mim o melhor diálogo do filme inteiro acontece bem no final entre as personagens do Jude Law e Nathalie Portman. Tenho que dizer que concordo plenamente com tudo o que é dito nesse diálogo e confessar que eu não resisti e postei aqui. Lindimais!! hehe


_ Eu não te amo mais.
_ Desde quando?
_ Agora... Desde agora. Eu não quero mentir e não posso dizer a verdade. Então, acabou.
_ Não tem problema. Eu te amo! Nada disso importa.
_ Tarde demais. Dan, eu não te amo mais. Adeus. E a verdade, só pra que você me odeie, é que o Larry transou comigo a noite toda. Eu gostei. Tive orgasmos. Prefiro você... Agora, vai.
_ Acontece que eu sabia. Ele me disse.
_ Você sabia?!
_ Eu precisava ouvir de você!
_ Por que?
_ Porque ele podia ter mentido. Eu tinha que ouvir de você.
_ Eu não ia contar por que você nunca me perdoaria.
_ Perdoaria. Eu perdoei!
_ Por que ele te contou?
_ Porque é um sacana.
_ Como ele pôde?
_ Pra que isso acontecesse.
_ Mas por que me testar?!
_ Porque eu sou um tremendo idiota!
_ É! Eu amaria você... pra sempre. Agora, vai embora.
_ Não faça isso. Fala comigo.
_ Eu tô falando. Vai embora!
_ Não! Desculpa! Você não entendeu... Eu não quis...
_ Quis sim!
_ Eu te amo!
_ Onde?
_ O quê?
_ Me mostra! Onde está o amor? Eu não vejo, eu não toco, eu não sinto. Só ouço, eu... ouço algumas palavras mas não posso fazer nada com as suas palavras fáceis. O que você disser é tarde demais.
_ Por favor, não faça isso comigo.
_ Tá feito. Agora, vai embora. Senão eu chamo os seguranças.
_ Você não tá numa boate de strip... Não tem segurança aqui... Porque que transou com ele?
_ Eu quis.
_ Por que?
_ Desejei ele!
_ Por que?
_ Você não estava lá!
_ Por que, caramba, ele?!
_ Ele pediu com carinho...
_ Tá mentindo!
_ E daí?
_ Fala, quem é você?!
_ Eu não sou ninguém...
Gosto de sair quando vale a pena, sou uma boa irmã mais velha, já cometi mais erros que o suficiente e quem me conhece diz que tenho uns defeitos bobos, mas que também sou agradável feito criança com sono e divertida igual velha sem pudor.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu sou

Sou vulgar, a charmosa mulher.
Sensível ao frio extremo.
Irresistível, quebradiça, saciadora,
frágel, flexível, jeitosa.
Sou promessas e carícias,
agradável, essencial.
Maternal, carnal.
Múltipla, sensível, jogadora,
dispositivo flexíveil, sou constante, tocante, grandiosa,
ardente, charmosa, desconcertante!
Sou macia quando tocada
ou quando estou assustada.
Sou bonita quando se encontra,
quando me procuram, tremem,
 eu sou suspeita.
Suspiro, arrepio, sorriso macio da pele.
Preocupação, agrado, extremo, exótico,
penoso, calmo, prejudicial, sensível!

Eu não tenho uma desculpa,
É inexplicável
Até mesmo inexorável,
Não é pelo êxtase, é que a existêcia,
Sem um pequeno extremo, é inaceitável.

Eu sou excessivo,
Eu gosto quando isso desequilibra,
quando tudo acelera, eu, eu permaneço relaxada.
Eu sou excessiva.
Quando tudo explode,
quando a vida se exibe, é um transe encantador.

Alguns se excedem, outros se irritam.
Alguns exigem que eu entre no eixo.
Alguns exclamam que é um complexo.
Alguns se excitam com todos estes " X " no texto.

E quando tudo explode,
quando a vida se exibe,
É um transe encantador.
Eu sou excessiva.
Eu gosto quando isso desequilibra,
quando tudo exagera.
Eu, eu permaneço relaxada,
Eu sou excessiva.

Excessivamente alegre, excessivamente triste,
É lá que existo, sem desculpas.

Sou mulher, sou sagitariana, sou goiana,
sou louca.
Sou a salvação e a perdição de quem me tem!






segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Amar é...

Dizem que amar é permitir que alguém possa te destruir e confiar que isso não vai acontecer.
Pois bem, estou passando por esse dilema, onde todos os dias eu permito que ele me destrua e sei disso e isso não requer explicação nenhuma. Ele tem o poder de me dar paz e de me destruir e as emoções que isso causa são as mais diversas póssiveis, uma montanha russa de emoções.
Às vezes me sinto como se ele fosse a própria esfinge me dizendo : "decifra-me ou devoro-te."
Ah meu amor, esse é o meu amor, de um lado ele é a minha salvação e do outro ele é a minha perdição.
E eu amo ele e ele me ama, e vamos assim seguindo por esse caminho onde um destrói e salva o outro!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Quem é aquela moça que sempre passa por aqui?
Quem é aquela moça que ao passar arranca olhares de desejo dos homens e de inveja da mulheres?
Quem é aquela moça que quando tropeça levanta sorrindo?
Quem é aquela moça que não tem medo da chuva?
E o sol parece gostar de queimar a sua pele, e as gotas de chuva parecem gostar de correr pelo seu corpo.
E o vento, esse então gosta mesmo é de embaraçar os cabelos da moça.
E a moça adora quando o vento bagunça seu cabelo e toca o seu rosto. ( só assim ela se sente livre)
A moça e o vento parecem ser velhos amantes.
Mais afinal, quem é aquela moça?
E para onde ela vai?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Toda manhã eu decido meu destino escolhendo em qual direção seguir. Meu objetivo é evitar a direção de onde eu vim!